Quando nos deitamos cinco minutos a pensar neste caso deparamo-nos sempre com coisas surpreendentes e silêncios chocantes.
Não obstante os factos criminosos terem ficado provados, uma arguida viu-se salva da condenação por via daquela bizarríssima alteração legislativa.
Num país civilizado com uma comunicação social decente, o assunto não morreria por aqui. Existe uma real situação concreta, relativa a crimes gravíssimos e hediondos, que se aproveita de uma inusitada alteração legal. Se não o tivesse querido fazer antes, era pelo menos agora altura da comunicação social investigar pormenorizadamente como se chegou a este estado de coisas com este tipo de crimes, começando por dissecar o processo legislativo. Quem o promoveu, porquê, para quê, como, com que argumentos, com que fundamentos, com que intenções, finalidades, propósitos.
Era o mínimo que um país civilizado exigiria.
Mas, infelizmente, como dizia há dias Felícia Cabrita, em Portugal não existe jornalismo nem jornalistas de investigação dignos desse nome. Ou existem muito poucos. E julgar Portugal um país civilizado...
Filipe, conheces a minha famigerada agenda: eu não posso escrever os posts todos de uma vez... ;)) Mas lá chegarei.
E quando ele disse, no mesmo programa, que o rapaz da Casa Pia que ali estava aparentava já ter ultrapassado o trauma, enquanto os arguidos ainda teriam muito processo pela frente?
Ou quando chorou pelo que os arguidos tinham de pagar aos seus advogados (enquanto as vítimas da Casa Pia já tinham recebido essa indemnização - milionária?!? - de 50.000 euros)?
Ter-se-á esquecido de que há patrocínio judiciário? Que o próprio Bastonário pode ser chamado a defender os arguidos?
Neste processo só se andam a discutir assuntos laterais.
Abraços, tenho de ir ali a Guimarães incentivá-los. Saudades ao Roberto. ;-)))
(Sei que vou ser ofendido e insultado... e sei tb que é ignobil relacionar um caso grave como este : CasaPia : com algo completamente insignificante, mas o raciocinio desenvolvido no post e que subscrevo inteiramente fez-me deixar uma pergunta no minimo "estupida"...sei que é ignobil, mas aqui vai:)
- Não foi recentemente alterado o estatuto e enquadramento legal de stwerts e agentes desportivos ? ...com a benção do Pápa e tudo ?
Isto não é o Bolhon. Por mim não insultado é com certeza ( e julgo que pelo Vasco também não). Há é leitores que gostam de dar, mas não gostam de levar. Problema deles.
Primeiro: Em Portugal o crime de pedofilia não é considerado um crime grave. Aliás, até há pouco, nem sequer era crime! Segundo: Para os nossos fazedores de opinião, pedofilia só é de alguma gravidade se for cometido por padre ou bispo (já que o papa está fora de prazo). Terceiro: o lobby gay acha-se no direito de defender os pedófilos, já que se trata de gays e eles entendem dever ser solidários. Quarto: a esquerda entende que deve sempre defender alguém de esquerda, em qualquer circunstância, e haja o que houver e como neste caso os pedófilos eram de esquerda...
Desculpem, mas nao percebi grande parte dos comentários. É possível explicarem-me, como diz o VLX, por que razão foi mudada a lei e quem adoptou essa iniciativa? Teria isso a ver com o facto de a senhora poder saber de muita coisa?
Pedro, o VLX parece saber em que consistiu a bizarríssima alteração legislativa, podendo por isso formular suspeitas sobre quem ou o quê favoreceriam. O Pedro parece ter ouvido falar de que terá havido alteração do estatuto e enquadramento legal dos stewards, com aprovação do FCP. Como diriam no Bolhon, que caral...sabes tu do assunto para vires levantar suspeições?
Sem achar demerito nenhum nos argumentos gostava de saber qual e' esse mitico pais "civilizado" onde os jornalistas investigam tudo , e bem , a opiniao publica e' bem informada e os politicos nao interferem com o poder judicial, que por sua vez e' impoluto. Deve ser Narnia , porque nojeiras destas ha' em todo o lado.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.
