A tal que não só tinha de ser séria como também de o parecer? Esta antiquíssima afirmação tinha inserida em si uma ideia ou princípio extremamente importante, nomeadamente para o campo político, e que sempre norteou as pessoas de bem de todos os países civilizados. Em Portugal, actualmente, isso perdeu-se.
Dois magistrados do MP que investigam um caso grave que enxovalha Portugal e tem o nome do Primeiro-Ministro, seus amigos e familiares a cada esquina, viela ou beco, entenderam como incorrectas (para dizer o mínimo) as abordagens de um seu superior na hierarquia do MP, de momento presidente do Eurojust, que já assumiu ter-lhes dito que o Ministro da Justiça lhe teria confidenciado que o Primeiro-Ministro lhe teria afirmado não interessa o quê sobre o inquérito que lhes estava confiado. O Ministro da Justiça reconheceu que reuniu com o tal magistrado do Eurojust em data apropriada ao conjunto dos acontecimentos. Todos negam interferência no inquérito ou pressões nos magistrados, embora não neguem os factos e as conversas. Pelo meio, os magistrados ter-se-ão queixado à sua superior hierárquica do ocorrido, que entendeu por bem nada fazer e deixar que o PGR soubesse de tudo pelos jornais.
E o país estranhamente assobia para o lado! Nem comentadores nem jornalistas nem políticos se indignam com isto! É simplesmente fantástico que perante este puzzle e os outros que estão já montados à sua volta não haja uma revolta, uma indignação geral, uma repulsa perante todos estes acontecimentos!
O Primeiro-Ministro queixou-se ao Ministro da Justiça que reuniu com o magistrado do Eurojust que foi falar e telefonar aos magistrados encarregados do inquérito. Não houve pressões? - Excelente, ainda bem! A mulher de César também era séria: o problema dela não era esse!
O que me admira é que ainda sou do tempo que por causa de um Secretário de Estado qualquer caiu um Governo. Agora parece que não se passa ou chegou a passar absolutamente nada. Ninguem faz barulho que assim pode ser que passe
"O Ministro da Justiça reconheceu que reuniu com o tal magistrado do Eurojust em data apropriada ao conjunto dos acontecimentos.". O que o Ministro aifrmou foi que reuniu dezenas de vezes com o magistrado do Euojust.Essa de que se reuinui numa data que coincide coms os alegados factos não colhe.E não se esqueça també que aqui não temos factos, temes versões distintas. É claro que para Vc só conta a versão que gosta, mas daí até considerá-la como facto vai um grande salto.
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