NEM NA FAMÍLIA…: A primeira triste conclusão a retirar é que não se pode confiar em ninguém, sequer na família. Já vai longe o caso daquele autarca sacrificado, que honradamente colocou no nome do pai todos os imóveis obtidos com o suor da sua própria labuta e o sentido do risco assumido, para virem os irmãos, à morte do pai, reivindicar a sua parte legal na herança. O outro, coitado, manda de táxi as parcas poupanças para o estrangeiro e o sobrinho estraga tudo. Houve um que deixou o guito na conta da mulher e, quando foi ver, não estava lá nenhum deles: guito, conta e mulher. Agora é um tio que apenas quis desinteressadamente ajudar uns bifes simpáticos e lá vem o filho reclamar batatinhas do encontro proporcionado com o primo, enquanto o pai se queixa de que os ditos bifes nunca lhe agradeceram (o quê, pergunta-se), nem sequer um ovo a cavalo. Realmente, hoje em dia os políticos não podem confiar em ninguém...
O que sei é que muita gente ilustre se lixou por não pagar um sizita, por usar um transporte indevido, por contar uma anedota. Como tinha vértebras e currículo envergonhou-se e foi para casa. Mas o portugalito dos Sócrates e Santanas é outro, é o da chico-espertice. E estas figurinhas não têm onde cair mortas. Por isso alguém tem de as remover.
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