Mar Salgado

quarta-feira, fevereiro 6:

TAMBÉM ME PARECIA:

Alguns bloggers lusos atiraram logo: Obama não tem experiência, é "plástico" ( ou plasticina), enquanto a srª Clinton é um poço de endurance. O Nuno explica aqui bem explicadinho, mas tenho a impressão que é tempo perdido: por cá estamos cada vez mais preguiçosos e moraleiros.

 

posted by FNV on 10:19 da manhã #

Comments:

exactamente Filipe, , eu encaixo-me perfeitamente nesses estereótipo, valorizo a experiência da Hillary para a seguir me chicotear por estar a ficar tão conservadora e careta (velha)

# posted by  Isabel : 10:45 da manhã

 

Olhe que não, olhe que não...;))

# posted by  FNV : 12:07 da tarde

 

O principal interesse do Obama reside em praticamente garantir a vitória do McCain caso ganhe a nomeação democrática.

# posted by  João Pinto e Castro : 12:07 da tarde

 

Caro João,
Nenhum de nós pode ter certeza sobre isso neste momento. Uma coisa é certa: Hillary é a personalidade pública americana com mais opiniões negativas nos estudos de opinião (o seu tecto eleitoral estará limitado a 52% dado haver consitentemente 48% das pessoas que dizem que nucna votariam por ela).
Destes 48% a maior parte é seguramente republicana (que a odeiam por razões ideológicas) mas há muitos independentes. É que Hillary tem uma imagem nos EUA de personalidade pública artificial, construída, calculista e não espontânea. Por isso me parece apressado dizer que ela seria a melhor candidata e que o seu adversário é de plástico - justamente se alguém tem essa imagem nos EUA chama-se Hillary.
Chamo a atenção para mais dois factos que podem contrariar a sua tese. Apesar de toda a sua popularidade pós-Presidência, Bill Clinton nunca teve mais de 46% dos votos - nas duas eleições que concorreu havia um terceiro candidato forte.
Os republicanos não se cansam - noto, repetem até à exaustão - que querem Hillary Clinton como adversária. Táctica para a descredibilizar junto dos democratas? Para unir base do Partido Republicano? Hmmm, parece-me demasiado rebuscado como estratégia de comunicação mas nunca se sabe.
Por último, e só para esclarecer, eu já aqui escrevi que votaria primeiro emn Clinton que em Obama. Profissionalmente tenho de lidar com americanos da Administração pelo que estou a ser sincero quando afirmo que me é indiferente quem ganhe. Tenho uma opinião (relativamente ténue, é mais uma questão de simpatias) mas prefiro não emiti-la porque de qualquer modo tenho de me entender com quem aparecer...
Além disso eu não sou americano - não vibro muito com estes candidatos. Sou um bocado anódino em relação a eles. Só escrevo estes posts para tentar ajudar a ver os procesos eleitorais americanos de forma mais clara e pela voz de quem aqui está.
Claro que isto é infrutífero: bem me lembro de em 2004 ir avisando que o Bush ia ganhar, mas por aí os jornais insitiam na inevitabilidade do Kerry....
Abraço

# posted by  NMP : 2:20 da tarde

 

Concordo plenamente com o NMP, no que diz que respeito à indecisão face à nomeação de Hillary ou de Obama para o lado dos democratas. Agora quanto à certeza sobre as opiniões negativas acerca de Hillary e as consequentes interpretações políticas, tenho as minhas dúvidas. Do que tenho lido, muitas têm sido as sondagens a falhar, e a diferença é tanto maior, quanto mais geral é a sondagem e quanto mais distante no tempo é a eleição.
Por norma, a falta de fiabilidade das sondagens tem sido latente. O sistema de amostragem (quando é revelado) tem sido pouco credível e por outro lado, os meios preferenciais (telefone ou entrevista presencial) tem bias que não são insignificantes ao nível político, que o diga a comunidade hispánica, que tem sido de algum modo subrepresentada nalgumas sondagens. A isso acrescem mais razões, algumas descritas aqui:
http://www.pollster.com/blogs/february_5_polls_four_cautions.php
Tenho alguma curiosidade em saber se os telemóveis contam como forma de contacto, nas sond. via telefone. Isto é importante, pois tal como cá, mas de modo mais recente nos EUA, o tel. fixo tem sido preterido para os telemóveis, principalmente nas comunidades emigrantes. Logo o contacto através do fixo, não representaria totalmente a população de estudo.

Outro ponto em que tenho dúvidas, é na maior desvantagem de Hillary face a Obama em bater McCain. Ora há uma ligeira vantagem, nas ditas sondagens para Obama, mas mesmo assim, para ele, a vitória não é garantida:
http://www.realclearpolitics.com/epolls/2008/president/national.html
Qualquer atitude dos republicanos perante Obama ou Hillary, face a estas sondagens, parecem-me um tiro no pé (maior que o de McCain a ceder os votos ao Huckabee para poder derrotar Romney na W. Virgínia)

As Sondagens tem contribuído, isso sim, para uma maior mobilização do eleitorado a níveis record.

Esta comparação de perfis entre Obama e Hillary fez-me relembrar uma sondagem do Expresso de há uns tempo atrás (penso que comparava Cavaco com Mário Soares) em que se pedia aos participantes para escolher o candidato com o qual confiaria a suas poupanças, com o qual iria beber uns copos, etc... Claro que isto só teve o significado teve, porque foi feito em Portugal, em que adoramos os políticos bonacheirões, mas por vezes conseguimos ter momentos de "lucidez" e o voto vai no sentido contrário ao do coração.

# posted by  Helena : 2:13 da manhã

 

Enviar um comentário