A ATLANTIZAÇÃO DO NARCOTRÁFICO (III): Em 2003, foram apreendidas oficialmente em todo o mundo um pouco menos de 500 toneladas de cocaína. Nos últimos 16 meses, foram apreendidas em Portugal ( contabilidade inexacta) 32 toneladas. Não sei por que motivo isto não tem levantado grande celeuma: é um número absolutamente excepcional. A RCMP ( Royal Canadian Mounted Police) registou em 2004 apenas 2,068 t. apreendidas em território canadiano; a Bélgica apreendeu apenas 6 t. em 2005. No corrente ano, em Portugal, já foram feitas ( entre outras ) duas apreensões de 6 e 7 toneladas ( no Prior Velho e em Esposende). No Guardian de ontem, J. Maria da Costa, do UNDOC, dizia que Portugal "is geographically under trheat". Já os rapazes da DEA continuam mais preocupados com "a política desleixada" de descriminalização do consumo em Portugal do que com as mudanças do eixo do narcotráfico. Problema deles. A mesma edição do Guardian, confirmando o que aqui se tem escrito, referia Cabo Verde como um dos principais entrepostos da cocaína atlântica: 326 kg apreendidos no ano passado ( uma ínfima parte do que realmente por lá terá passado) , recorde africano absoluto. Quando esta malta descobrir uma pastilha de cocaína, dispensando parafernálias mais ou menos complexas, vai ser o bom e o bonito.
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