QUEM TE AVISA...: É com prazer que descubro no Grécia Revisitada de Frederico Lourenço um elogio tão político como terno aos Persas, peça com a qual já tantas vezes tenho maçado os meus eventuais leitores. É de facto extraordinário como Ésquilo escreve o texto sobre o outro lado da guerra, e nem sequer o faz sob o ponto de vista militar ou estratégico, com sublinha F. Lourenço, antes dando apenas relevo a quem sofre de facto com a destruição.
Pena é que Edward Said tenha influenciado gerações de especialistas em cultural studies, de forma a que até nos Persas, à imagem do seu mestre, nada mais consigam ver do que uma representação do Oriente, esterotipada e redutora: as sofredoras mulheres asiáticas ( Said, Orientalismo, pp24), como exemplo de categoria redutora. A paranóia, no sentido literal, litigante do termo, em encontrar a todo o custo em textos "ocidentais" formas de dominação discursiva e representacional sobre o "Oriente," levou , mesmo da parte de alguém tão interessante como Said, a exageros idiotas destes. Nem Ésquilo escapa....
De referir que, sendo V. Exas. sempre tão escrupolosos no que refere à "decencia", notei que citaram três frases de um post da minha autoria, sem a devida refer~encia ao autor. Bem sei que não pertenço à elite dos links, todavia, tenho o direito de assinalar essa vossa falta de "netiqueta".
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