DIVERSÕES III: No meio disto tudo, nada bate a apresentação do último livro de Saramago. Começa por ter convidado para o apresentar o inefável Mário Soares, esse literato, esse homem da cultura. Confesso que, por mim, acaso fosse Saramago, consideraria preferível convidar um par para apresentar um livro meu, um artista igualmente imbatível, alguém da área (e nós, portugueses, temos tantos e tão bons escritores). Mas compreendo o Saramago: em termos de marketing, a coisa fica muito melhor com Mário Soares. O homem diz umas larachas, diz mal do Bush, do governo português, traz sempre uma legião de jornalistas embevecidos atrás, as televisões e as rádios, o livro vai ser um best seller, vai-se vender à doida! Como campanha promocional, não há melhor. E é ao mais puro estilo norte-americano. O engraçado disto tudo é ver Soares e Saramago de braço dado com o melhor do capitalismo norte-americano. Para vender um livro. As voltas que o mundo dá...
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