Mar Salgado

sábado, novembro 8:

ESTRANHO, DE FACTO: Leio no Klepsydra (link na coluna habitual), que JPP queria o Corpo de Intervenção da PSP na Porta Férrea, para abrir o cadeado e fui ler o original. É estranho de facto, que logo JPP tenha expressado tal vontade. Não me parece que esteja em causa o ódio a Coimbra, como diz o Klepsydra, expressão infeliz que me soa a Pinto da Costa e a teorias da cabala, e que reduz Coimbra cada vez mais à sua faceta paroquial. Mas não deixo de me surpreender com o desejo de JPP, embora compreenda que um excelente opinion maker, tenha de interpretar, ao menos de vez em quando, o sentimento geral das massas.
 

posted by FNV on 10:21 da tarde # (0) comments

SOS Pê Esse! Acabo de ouvir na TSF que Ferro se atirou a J.Soares e a Carrilho. Pois é, no saco de gatos, o único que não tem culpa, é o saco.
 

posted by FNV on 9:38 da tarde # (0) comments

TUMULTOS NA DAMAIA II: Não deixa de ser curioso verificar que a população portuguesa, com o passado recente que tem, e com o presente que vive, deveria incluir muito maior percentagem de mulatos. Mas não. Até na pacata Coimbra dos estudantes se pode verificar o apartheid cultural e sanguíneo: branca de Mogofores a estudar em Direito não acasala com preto bijagó estudante de Geologia. Os locais de convívo estão estritamente separados, e mesmo dentro do edíficio da AAC, se pode constatar que cada grupo tem o seu espaço. Em Montpellier, Liége ou outras cidades universitárias, a regra mantém-se.
Só que o caso português exibe a particularidade de ter sido um país colonizador recente e superficialmente expandido. Os modelos culturais de tolerância, que não tenho dúvidas, as gerações mais novas, urbanas e civilizadas interpretam, esgota-se nisso mesmo, tolerância.
E sabemos desde Voltaire, que a tolerância suporta-se precisamente no elogio da diferença. Todos diferentes, todos iguais? Que bela confusão que por aí vai.
 

posted by FNV on 9:20 da tarde # (0) comments

TUMULTOS NA DAMAIA: O Paulo Gorjão do Bloguítica e o Católico de Direita (links na coluna habitual), trocaram uma interessante mas ácida, série de argumentos a propósito do racismo. Incluo todos os anos o tema no plano curricular da cadeira de Psicologia Social que lecciono, e fico por norma atento às discussões, pois que estou longe de ser um especialista no assunto. Entre muitos aspectos, a especificidade dos países ex-coloniais, tem que se lhe diga. Recorda-se o Paulo, do jogo de futebol Portugal-Angola realizado em Alvalade há cerca de três anos? Um país como Portugal, que colonizou com a Lei do Indigenato ( malgré Adriano Moreira) era igualmente desconfiado dos seus colonos brancos. Portugal é um país inevitavelmente racista, pois que o tempo que passou desde a perda abrupta das suas colónias africanas ainda é curto. Este racismo post-colonial não é o mesmo que outros ( o encoberto por questões religiosas, como na ex-Jugoslávia, ou territoriais, como no Ruanda), é um racismo clássico na sua matriz imperial e Quinhentista. Regressando à Terra, o domínio efectivo do solo longínquo, legitimava a superioridade do branco ocidental sobre os seus súbditos, negros ou não, como no caso da Guerra dos Boers. Mas os negros que nos habitam, hoje, vivem pobres e os seus países ainda são pobres: a continuação, agora post-colonial, do sentimento de superioridade é inevitavel. Por isso muitas campanhas do género todos diferentes, todos iguais são absolutamente inócuas; O racismo post-colonial exibe a sua marca d'água não só na diferença antropomórfica, mas na superioridade civilizacional e no despeito e na nostalgia pelo domínio perdido.
Se puder, voltarei ao tema.
 

posted by FNV on 7:09 da tarde # (0) comments

EXPLICAÇÕES E ARROGÂNCIA: Como diz o povo, por vezes no melhor pano cai a nódoa. O José Mário do excelente BdE escreveu este infeliz post sobre a entrevista da Margarida Rebelo Pinto ao Independente.
Eu não conheço a senhora. Nunca passei os olhos por mais do que a capa dos seus livros (minto, folheei apressadamente um). Não sei, portanto, se é boa literatura ou uma boa porcaria. Não discuto as recensões e críticas literárias que lhe fazem: parto do príncipio que são feitas de boa fé, nomeadamente as do José Mário, que sigo com alguma atenção, com qualidade e seriedade. Talvez por efeito das críticas, talvez por falta de tempo ou de interesse não me parece que vá tão cedo suprir esta pecha na minha formação cultural. Reparo que a senhora tem tendência para frases bombásticas, mas isso pareceu-me sempre ser mais fruto de uma estratégia de promoção dos livros e da sua pessoa do que de outra coisa qualquer. Se isto é mau, pecado ou mercantilização de baixa cultura e deve ser criticado por um crítico literário, por mim tudo bem. O problema começa é quando não se põe um travão às associações de ideias.
No final do post do José Mário, fugiu-lhe o pé para a arrogância cultural da esquerda que ele (justiça lhe seja feita) nem costuma usar: Será que os perspicazes leitores do BdE adivinham quais são os únicos políticos de quem Margarida gosta e em quem confia? Pois é melhor prepararem-se. Estão mesmo preparados? Então cá vai: Mota Amaral, Santana Lopes e, «curiosamente», Manuela Ferreira Leite (por causa da «firmeza»). Isto, como é óbvio, explica muita coisa.
Sendo um dos leitores perspicazes (as palavras, que agradeço, são dele) e admirador do BdE, há no entanto algumas coisas que me escapam. Por isso pedia ajuda ao José Mário: o cantor popular (ou pimba) Toy é ou foi recentemente deputado municipal pelo PCP, isto explica alguma coisa (muita ou pouca?), sobre ele e sobre o PCP ? A Ágata e a Micaela participaram em muitos comícios do PS e fizeram juras de amor eterno a este partido, o que é que isto nos diz sobre elas e sobre o PS ? Será que estas presenças não irão inibir o Bloco de Esquerda de se coligar com estes partidos ? Não será isso uma cedência inadmissível no gosto elevado, na postura cool e no vanguardismo estético que caracterizam esse heróico grupúsculo, que se prepara para certamente liderar, primeiro a nova esquerda e depois o país?
Enfim, a arrogância intelectual da esquerda continua lá. Nós por vezes esquecemo-nos, mas de repente eles descontraiem-se e lembram-nos quão snobs e elitistas, politica e culturalmente falando, são. O que não deixa de ser engraçado e paradoxal, vindo dos putativos defensores do povo... Talvez isto explique alguma coisa.
 

posted by NMP on 4:38 da tarde # (0) comments

TESTES DE PERSONALIDADE (2): Muito obrigado, caro FNV, pela resposta esclarecedora e pelos avisados conselhos, mas como experiência radical já me basta comandar esta nau.
Quanto ao auto-conhecimento, já percebi que é melhor continuar a reger-me pela douta e ancestral sabedoria de Confúcio: quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.
 

posted by NMP on 4:09 da tarde # (0) comments

OLHA A BOLA, MANEL, OLHA A BOLA... O que me deprime não é a Casa Pia, os incêndios ou o Benfica. O que me deprimirá verdadeiramente, será a Nova Democracia ter mais de um voto nas próximas eleições.
 

posted by FNV on 12:18 da tarde # (0) comments

TESTES DE PERSONALIDADE: Primeira regra, não confiar em psicólogos. O nosso comandante NMP deveria ter percebido isso quando obteve um score de 48% na categoria esquizo-paranoide. Terá por certo imperfeições o nosso timoneiro, mas não é preciso exagerar. Os instrumentos dos psi dividem-se essencialmente em 3 categorias: questionários, escalas e testes projectivos. Os primeiros pertencem à categoria da psicologia popular, são respondidos pelo próprio, e por tal a sua validade interna é diminuta. Por exemplo, se me derem um teste de personalidade no decurso de uma entrevista para obter um cargo de chefia numa empresa, retratar-me-ei como líder natural e pessoa com grande capacidade de trabalho em equipa.
As escalas avaliam comportamentos em situação biográfica, e são mais rigorosas, dependendo das circunstâncias. As utilizadas em neuropsicologia, como a MMSE ( Mini-Mental Scale Examination) ou a DAD ( Disability Assessment for Dementia) são preenchidas por um técnico treinado e oferecem uma razoável validade interna.
Por fim, os testes projectivos, dos quais o mais famoso será o Rorschach's Test ( o das manchas de tinta), são interessantes porque impedem a sua manipulação por parte do sujeito examinado. No entanto, alguns deles são filhos de um certo delírio psicanalítico, pelo que têm de ser consumidos com moderação.
Enfim, se o nosso NMP, quiser definir realmente a sua personalidade, procure colocar-se numa ou mais, das seguintes situações, e avalie posteriormente o seu comportamento:

a) Apaixone-se pela mulher do seu melhor amigo.
b) Aliste-se na Legião Estrangeira.
c) Contraia malária.
 

posted by FNV on 11:44 da manhã # (0) comments

PROPINAS: Os meus alunos pagam o habitual, no ensino superior privado, e queixam-se. De facto 45 contos é dinheiro, mas não me consta que sejam todos filhos de pais ricos. Isto vem a propósito de um bom texto sobre o assunto, no Barnabé (link na coluna da direita) da autoria de Rui Tavares. Bom texto porque de facto, no pós-25 de Abril, o ensino superior gratuito foi uma questão de justiça. Tem razão o Rui ao dizer que boa ou má, a Universidade gratuita permitiu a muita gente remediada pôr os filhos a estudar, mesmo tendo de suportar, naturalmente, as despesas adjacentes: transportes, alojamento, alimentação, etc.
O problema no texto do Rui é o presente. Diz o Rui que é filho de camponeses riabatejanos, que só assim puderam oferecer o curso aos seus cinco filhos. Muito bem. Eu, que sou filho de pais licenciados, poderia perfeitamente ter pago propinas, quando me licenciei no final dos anos 80. O 25 de Abril foi feito para oferecer cursos a meninos ricos como eu, Rui?
 

posted by FNV on 11:29 da manhã # (0) comments

FILANTROPIA: (inspirado pelo Abrupto e seus leitores) Quando se discute um modelo para a televisão pública, utiliza-se muito na Europa o exemplo da BBC. Pois o meu quotidiano contacto com a PBS americana faz-me recomendar que se olhe com atenção para o seu modelo de financiamento.
Aquilo é serviço público, do melhor que se faz no Mundo. As biografias notáveis, um género em que os anglo-saxónicos são mestres (vi há pouco uma biografia de Churchill que bem poderia passar na RTP2 - equilibrada , não apologética), os programas históricos, os entrevistadores (como o inigualável Charlie Rose) sóbrios, bem preparados, acutilantes sem serem bruscos ou mal educados, os debates políticos com um entendimento da política como os assuntos da polis, não apenas um mero espectáculo.
A informação é plural, com a secura de quem não tem de exagerar uma notícia ou manipular uma entrevista, porque apenas quer relatar ou buscar a verdade. É pública mas é provavelmente o espaço em que a Administração Bush é criticada e defendida de forma mais veemente e consistente.
Conjuntamente com a National Public Radio (NPR) são os dois baluartes da diversidade de opiniões, da divulgação de cultura, da pluralidade. Graças à não dependência do Orçamento de Estado. Mas sim das doações particulares. De empresas e de milhões de pessoas, umas mais pobres, outras mais ricas.
Esta notícia de capa de hoje do FT relata-nos que a viúva do fundador da McDonald's ofereceu 200 milhões de dólares (quase 40 milhões de contos) à NPR. Uma doação incondicional, sem restrições ao seu uso. Apenas para assegurar a viabilidade de um serviço nacional de rádio. (Já agora e num aparte para, por exemplo, a NPR poder relatar com acuidade os assaltos do senhor José Bové).
Em Portugal séculos de cultura anti-sucesso, anti-enriquecimento que ainda hoje prevalece geraram uma enorme desconfiança entre pobres (os que ficaram como eram) e ricos (os que mudaram para melhor). Temos portanto uma classe endinheirada não filantrópica, que não se sente obrigada a dar à comunidade o que dela recebeu (até porque há uma parte dessa comunidade que não valoriza ou reconhece o seu trajecto).
Não há lei do mecenato que mude estas mentalidades. E assim ficamos sem um sector relevante de organizações não lucrativas, de fundações, de think tanks. Privados de melhorias em universidades e hospitais, porque a cultura reinante aconselha, como sempre o fez, que o melhor é não mostrar que se tem dinheiro. Como se o enriquecimento pessoal fosse só por si um crime.
Não há problema, responderão alguns, o Estado paga (e tem de pagar) isso tudo. Este é um dos maiores dramas nacionais.
 

posted by NMP on 12:44 da manhã # (0) comments

sexta-feira, novembro 7:

O MUNDO DE SOPHIA: No dia do aniversário de Sophia de Mello Breyner Andersen um belo texto de João Bénard da Costa.
 

posted by NMP on 3:06 da tarde # (0) comments

O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA TUA VIDA: A não perder. FMS do Quinto dos Impérios num post genial faz uma sentida e pessoalíssima homenagem aos monstros sagrados da Britpop, Blur.
 

posted by NMP on 2:44 da manhã # (0) comments

ÚLTIMOS REFÚGIOS: Já aqui escrevi sobre o fim daqueles locais nacionais de "culto", últimos refúgios contra o turismo de massas. Pois parece que a próxima vítima será Sagres. Sousa Cintra tem um projecto: vários resorts com hotéis, golfe, apartamentos, etc. Dentro da área protegida do Parque Natural da Costa Vicentina, o que implica alterações legislativas. Infelizmente, todos sabemos o que era e o que é hoje o Algarve e o que será Sagres dentro de pouco tempo.
 

posted by Neptuno on 1:23 da manhã # (0) comments

MEMORABILIA (II): É bom que Álvaro Cunhal tenha aberto o seu coração ao Avante da forma que o fez. Não disse nada que não se soubesse mas fica sempre melhor por escrito e sem rodeios. Depois disto, os últimos moicanos - como o gárgula Bernardino - já não podem vir dizer que não sabiam, que não defendiam bem a mesma coisa, etc. Tal como ficámos mais esclarecidos sobre o sistema político que certas pessoas defenderam durante muitos anos, embora agora já estejam filiadas noutros partidos...
O meu respeito por essa gente terminou há muito tempo, logo que percebi que no sistema que eu defendo podem expressar-se livremente e que, no sistema "deles", eu já teria sido fuzilado.
 

posted by Neptuno on 1:17 da manhã # (0) comments

CONHECE-TE A TI MESMO (4): As máquinas tomaram conta do Universo. Vão ao site dos testes de personalidade e consultem o oráculo (Ask the Oracle). Ele sabe o que é melhor para vós.
Estou abismado. É todo um novo mundo de auto-conhecimento que se me oferece. Aqui mesmo à mão. A partir de agora, tendo como ponto de partida os meus defeitos, vou ser uma pessoa muito melhor: vou andar sempre com um bom karma, sem stresses, em busca do nirvana.
Caro FNV bem sei que não é a tua especialidade, mas estes testes têm alguma validade ? Não me refiro ao teste Myers-Briggs, que já fiz noutro contexto e que, por ter tido um resultado que considerei extremamente elogioso para mim, me pareceu bastante científico. Ou seja, o teste transformou-me num porco narcísico.
Isto não devia ser efectuado com a ajuda de um especialista, ou pelo menos a interpretação dos resultados ? Por exemplo, no caso do Personality Disorder Test o que se trata é de um meio de diagnóstico de uma doença mental ? Ou não ? Não fosse eu ter esta forte e determinada personalidade (conjugadas com esta notória humildade) e até me poderia convencer que sou mesmo anti-social. Dois dias depois, começaria a rosnar a transeuntes.
Para doenças do corpo, ao que me é dado ver, os meios de diagnóstico não estão tão vulgarizados (tirando naturalmente o tradicional termómetro). Ou estou errado ?
Caro FNV, ilumina-nos. É que depois da tripulação toda fazer o teste, nada nesta nau ficará igual (já agora, à laia de instrução cautelar de bordo, após obterem os resultados, dirijam-se ao psi de serviço antes de fazerem qualquer coisa).
 

posted by NMP on 1:14 da manhã # (0) comments

CONHECE-TE A TI MESMO (3): As coisas melhoram. Parece que sou um intelectual relaxado, extrovertido e amigável. Uma espécie de EPC charrado.
Assim sim, já posso ir dormir. 'tá-se bem. Fiquem bem.

The Big Five Personality Test
Extroverted|||||||||||||||| 66%
Introverted |||||||||| 34%
Friendly |||||||||||||| 52%
Aggressive |||||||||||| 48%
Orderly |||||||||||||| 60%
Disorderly |||||||||| 40%
Relaxed |||||||||||||||||| 78%
Emotional||||||22%
Intellectual |||||||||||||||| 70%
Practical |||||| 30%
Take Free Big 5 Personality Test
 

posted by NMP on 1:06 da manhã # (0) comments

CONHECE-TE A TI MESMO (2): Estamos mal !! Não me conseguia ir deitar antes de fazer o teste de Personality Disorder. E agora que o fiz, acho que não vou conseguir dormir por causa dos resultados...
FNV, acho que temos de ir passar um fim de semana juntos. Anti-social, moi ?...

Personality Disorder Test Results
Paranoid |||||||||||| 46%
Schizoid |||||||||||| 42%
Schizotypal |||| 14%
Antisocial |||||||||||||| 58%
Borderline |||||||||| 34%
Histrionic |||||||||||| 46%
Narcissistic |||||||||| 34%
Avoidant |||||| 26%
Dependent |||||||||| 38%
Obsessive-Compulsive |||||||||||| 46%
Take Free Personality Disorder Test
 

posted by NMP on 12:56 da manhã # (0) comments

CONHECE-TE A TI MESMO: Vão lá fazer testezinhos de personalidade. Num momento socrático, abalancei-me à tarefa e descobri como consigo comandar esta nau de obcecados e truculentos marinheiros: dizem-me que sou um effective mediator.
Durante os próximos posts, numa lamentável cedência à exposição mediática e ao voyeurismo alheio publicarei uma série de resultados dos meus testes de personalidade.
O primeiro teste foi o Enneagram Map e os resultados estão abaixo. Na explicação dada pelo site, referem-me que quando tiver de consultar Enneagram books or websites (seja lá o que isso fôr) devo referir que o meu tipo é Type 9, Sexual.
Caro FNV, significará isto que está na altura de conversar contigo um pouco mais a sério e com mais tempo ?

Conscious self
Overall self
Take Free Enneagram Personality Test
 

posted by NMP on 12:54 da manhã # (0) comments

PROPINAS VII: Só falta responder à grande questão: de quem é a culpa? Não tenho a menor dúvida que os grandes responsáveis se encontram no PS. Como é natural nestas coisas, quando falamos de responsabilidades não podemos contar com o PCP ou com o BE: estes pelam-se por uma manifestaçãozinha, qualquer que seja o motivo. Choram de alegria e saudade, quando vêem os estudantes a berrarem inocentemente que «unidos, jamais serão vencidos» e outras palavras de ordem do antigamente, deleitam-se com a arruaça e, se puderem, juntam-se a eles. É bem certo que isto também acontece com alguns dirigentes do PS, mais excitados, que se atrelam às manifestações dos estudantes ou de quem quer que seja, aos buzinões da ponte e a outras do género. Mas os portugueses habituaram-se a exigir aos socialistas (pelo menos) alguma responsabilidade.
Ora, a justiça das propinas e respectivo pagamento é tal que se justifica plenamente um pacto de regime entre o PS, o PSD e o CDS. O país exige-o. A economia e as finanças também. De igual forma, o respeito pelos contribuintes. E, por fim, exigem-no os próprios estudantes, quanto mais não seja para compreenderem, de uma vez por todas, que alguém anda a trabalhar, alguém se anda a esforçar para que eles possam estudar - e não são só os paizinhos, os velhos, os cotas.
Havendo um acordo entre esses três partidos, os estudantes, mesmo os mais irrequietos, ficariam sem apoio ou reduzidos ao apoio extremista do PCP e do BE (provavelmente também do PND, mas esse não tem assento parlamentar) e, muito provavelmente, estas periódicas manifestações terminariam.
Só que isso não é possível porque os socialistas, sempre ávidos de conquistar qualquer voto a qualquer preço, apoiam-nos, põem-se do lado deles, evitando qualquer confronto. O PS esteve no governo e das primeiras coisas que fez, sem qualquer critério, sem que mudasse o estado dos restantes problemas, foi reduzir as propinas para uns miseráveis seis euros! Isto não é sério! Claro que pode ter captado alguns votos mas não resolveu o problema, não melhorou as condições dos estudantes e do ensino, da acção social escolar, não mudou nada! Deixou tudo na mesma! Acaso tivesse melhorado algo, isso seria apenas mais uma razão para tornar inexplicável a actual luta dos estudantes. Não o tendo feito, não se justifica que agora os apoie.
Ao mesmo tempo, o PS e os estudantes têm o apadrinhamento da Presidência da República, o que é inacreditável. Já Mário Soares, em 1993, se insurgia em defesa dos estudantes contra a (inexistente) violência policial. Agora é Jorge Sampaio que, em silêncio, permite que os alunos se colem a ele recordando o seu passado nas lutas estudantis de 60! O silêncio do Presidente da República é inadmissível e parcial: quando as questões o afectam, ao partido a que pertence, ou quando são inócuas e não provocam qualquer celeuma, lá está ele a desdobrar-se em declarações e entrevistas, algumas até claras e compreensíveis, nada redondas. Nesta questão, em que deveria ser o primeiro a vir a terreiro explicar que assim tem de ser, que as propinas têm fundamento, que não são excessivas; nesta altura em que deveria pacificar as pessoas, cala-se, esconde-se, e deixa que os alunos, como fazia um deles há dias na televisão, o atrelem à sua luta contra as propinas comparando-a às lutas que Jorge Sampaio terá travado em 1960.
Assim, na verdade, quase não vale a pena lutar para construir uma sociedade minimamente justa. Estar o Governo a esforçar-se por mudar as coisas, melhorando-as, reparando os enormes erros da gestão anterior, sob o fogo despropositado da oposição e o assobiar para o lado, o silêncio comprometedor do PR, é das coisas mais me causa admiração na gestão actual. Espero que não perca o rumo.
 

posted by VLX on 12:51 da manhã # (0) comments

PROPINAS VI: Fechado o parêntesis, continuemos. Todos os antigos alunos já sentiram isto: estudaram, formaram-se (é indiferente se durante esse tempo andaram em manifestações ou não), lançaram-se no difícil mundo do trabalho, e um dia voltam ao local onde estudaram. Nessa altura encontram velhos amigos, antigos companheiros, tipos porreiríssimos, e, animadamente, embora cansados da semana de trabalho, sentam-se com eles a beber umas cervejas, a atacar uns tremoços, a ouvir as últimas novidades, saber como andam as coisas. Esses velhos amigos, cheios de vida e energia, continuam com os livros debaixo do braço, ainda não foram a exame, ou foram e reprovaram, ou simplesmente resolveram mudar de curso e começar tudo de novo.
Não há antigo aluno que, nessa altura, enquanto paga a conta de todos (porque os antigos colegas ainda não trabalham, não têm dinheiro), não pense na injustiça da vida: ele, coitado, mesmo andando em políticas e tendo-se divertido bastante durante o curso, fê-lo. Com custo, com trabalho. Depois, procurou emprego, viu as portas todas fecharem-se diante dele. Finalmente arranjou uma, velha mas entreaberta, entrou. Aturou patrões incríveis, desfez-se em trabalhos, suou até mais não, fez directas, passou fins-de-semana a fazer relatórios; e tudo por um ordenado de miséria. Mas, mesmo assim, desse ordenado retiraram-lhe grande parte por causa dos impostos. Impostos esses que, repara agora, vão direitinhos para aqueles simpáticos rapazes, sorridentes, que limpam, satisfeitos e regalados, a boca molhada da espuma da cerveja ele lhes está a pagar.
Se não for antes, nessa altura o aluno compreende perfeitamente o disparate da chamada “guerra das propinas” em que participou tão activamente...
 

posted by VLX on 12:00 da manhã # (0) comments

quinta-feira, novembro 6:

O HOMEM E A ESTRADA: Aqui há tempos escrevi sobre os quase mil acidentes mortais causados por condutores alcoolizados nos ultimos dois anos em Portugal. Nesse texto, erradamente, atribui a Manuel João Ramos, presidente da ACA-M, simpatia pelo BE, o que não é verdade. O MJR era chamado à colacção como um exemplo de que o discurso securitário pode por vezes habitar quadrantes ideológicos aparentemente inospitaleiros. O MJR, amavelmente, trocou correspondência comigo, sublinhando uma ideia curiosa: o securitarismo não se resume a um dispositivo ideológico e por isso não tem de ser concebido como um modelo social. A dois tempos, iremos discutir isto.
Em 1993, a Universidade do Minho publicou as actas de um Seminário internacional dedicado aos Factores Humanos no Tráfego Rodoviário. Psicólogos, polícias, instrutores, juristas, discorreram sobre o assunto. O tom geral das conferências é indisfarçável: prevenção, informação, formação ético-cívica (?), e sobretudo repressão apenas a indispensável. Germano Marques da Silva não poderia ser mais claro ( o sublinhado é meu):
(...)impõe-se que a actuação policial seja o que deve ser essencialmente, isto é, preventiva, de molde a evitar a transgressão, mais do que a puni-la, e que as sanções pela violação das normas de condução atinjam o automobilista onde mais lhe dói, na licença para conduzir.
GMS entende que o respeito por normas a que em geral não se reconhece conteúdo ético passa primeiro pela sua compreensão, no acto de conduzir.
Ora, parece-me que se desenha uma filosofia claramente inspirada num familiar optimismo antropólogico: se o homem perceber a norma justa, cumpre-a. De facto, se o meu filho de 10 anos perceber que meter o gato no congelador, provoca dor e sofrimento desnecessário ao animal, tenho mais hipótese de poupar o gato a chatices futuras. Mas se não perceber, por qualquer motivo, ou se perceber, mas o prazer que tem em congelar o gato falar mais alto, não me resta alternativa a não ser puni-lo. Dito de outro modo, a vinculação moral (é com Kant que a ética que passa a designar uma moral particular, por ex, a deontologia profissional) pode ter que passar num primeiro momento, não pela compreensão, mas pelo respeito à norma que vincula a própria disposição moral.
Enquanto o condutor não compreende que não deve conduzir alcoolizado, ou lhe apetecer fazê-lo, apenas a repressão garante que todos os outros que já perceberam, ou temem não perceber, possam circular em segurança. O comportamento éticamente decente sobrevive tanto da reunião moral do agente aos seus princípos, como da sua existência concreta, protegida também pelo lado repressivo: assim o assassínio deve ser moralmente condenado, tanto quanto reprimido pela lei . É que ao contrário dos gatos, não temos sete vidas.
(continua...)
 

posted by FNV on 8:40 da tarde # (0) comments

BOTA-ABAIXO: No OE prevê-se um aumento das pensões - por todos reconhecidamente baixas e sempre insuficientes - na ordem dos 6%, o que não pode deixar de ser considerado um razoável aumento face à conjuntura.
Pois a oposição, de que a comunicação social faz excelente eco, reduz esse aumento possível aos caricatos 30 cêntimos por dia.
Não percebo porque não vão mais longe: digam que se trata apenas de 1,25 cêntimos por hora ou 0,02 cêntimos por minuto. Se é para bater só por bater, façam as contas todas, desçam até ao segundo!
 

posted by VLX on 2:34 da tarde # (0) comments

MEMORABILIA: Álvaro Cunhal vintage. Sem comentários (os highlights são responsabilidade da gerência).

Na evolução da sociedade, a revolução russa de 1917, sob a direcção de Lénine e do partido dos bolcheviques, fica marcada, em milénios de história, como a primeira e única a estabelecer o poder político das classes anteriormente exploradas e a empreender com êxito a gigantesca tarefa de construir uma sociedade sem exploradores nem explorados.

Com o seu poderio, alcançado pela construção do socialismo, a União Soviética alterou a correlação das forças mundiais, manteve em respeito durante décadas o imperialismo, tornando a competição entre os dois sistemas um elemento dominante na situação mundial.

À acção terrorista de 11 de Setembro, os Estados Unidos responderam fomentando organizações e acções terroristas, desencadeando agressões e guerras que vitimam igualmente milhares de civis. Proclamando serem os campeões da luta contra o terrorismo, os Estados Unidos tornaram-se a principal força do terrorismo mundial.

Os trabalhadores, os povos e as nações não podem aceitar que tal ofensiva global seja irreversível. E, se assim é, importa considerar se há e, havendo, quais são as forças capazes de impedir que o imperialismo alcance o seu supremo objectivo.
A nosso ver, são fundamentalmente:
Primeiro: Os países nos quais os comunistas no poder (China, Cuba, Vietname, Laos, Coreia do Norte) insistem em que o seu objectivo é a construção de uma sociedade socialista.
Apesar de ser por caminhos diferenciados, complexos e sujeitos a extremas dificuldades, é essencial para a humanidade que alcancem com êxito tal objectivo.
Segundo: os movimentos e organizações sindicais de classe, lutando corajosamente em defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores.
Terceiro: partidos comunistas e outros partidos revolucionários, firmes, corajosos e confiantes.
Quarto: movimentos patrióticos, com as mais variadas composições políticas, actuando em defesa dos interesses nacionais e da independência nacional.
Quinto: movimentos pacifistas, ecologistas e outros movimentos progressistas de massas.
É no conjunto destas forças que pode residir e que reside a esperança de impedir a vitória final da ofensiva do capitalismo visando impor em todo o mundo o seu domínio universal e final.
 

posted by NMP on 2:24 da tarde # (0) comments

PROPINAS V (novo parêntesis): «Onde está a democracia desta m...?» A frase não é, obviamente, minha. A frase, segundo o Público, é dos estudantes da maravilhosa Universidade de Coimbra e foi proferida quando se aperceberam que os órgãos democraticamente eleitos tinham legal e legitimamente aprovado o valor das propinas (pelo seu valor mínimo), no seguimento da legislação democraticamente aprovada pela maioria democraticamente eleita. Parece que os mesmos alunos também terão apelidado os membros do Senado de «traidores» e «fascistas» (estes vêm sempre à baila, não importa o que se discuta ou como).
O motivo das frases era, como se sabe, o facto do Senado ter conseguido ludibriar a luta dos estudantes, que através de invasões diversas e arruaças várias pretendiam impedir a reunião e a votação em causa.
Sendo evidente, para qualquer um, o lado onde está a democracia nesta história toda, é manifesto a quem se refere o calão da pergunta acima transcrita.
Julgo que alguns alunos deveriam ter mais respeito por si próprios sob pena de qualquer dia ninguém os respeitar ou às suas posições, algumas até válidas e justificáveis.
 

posted by VLX on 12:49 da tarde # (0) comments

JÁ HÁ FESTANÇA COM A DONA CONSTANÇA? É dos manuais de psicologia social que os líderes salvadores, os que interpretam os pressupostos messiânicos dos grupos-orfãos, aparecem em duas circunstâncias gerais, que não raramente se complementam: uma é a existência de facto, de um pai-salvador que está disponível, mas longínquo, geográfica ou afectivamente. A outra desenha-se quando as segundas figuras do grupo-orfão, procurando neutralizar a possível ascenção de cada uma delas, acabam por mais ou menos voluntariamente favorecer o consulado de um salvador, no caso do PS, sebastiânico.
João Soares tem nome mas não tem família, Sócrates é uma paixão platónica, Gama tem peso apenas específico. Têm de contar também, como no bilhar, com os efeitos contrários: Soares não será esquecido pelos ex-votos de um certo sotão, Sócrates vem do Ambiente mas está na calha para a icineração, Gama ficará a braços com o grupo da esquerda fugida de Rilhafoles. Jorge Coelho não precisa de anticorpos localizados: todos o temem, todos os combaterão. Resta António Costa, que se esqueceu do velho ditado, quem ceia com o diabo precisa de uma colher muito comprida.
Assim, parece que virá de Bruxelas, montado num burrico e disfarçado de Sancho Pança, António Vitorino: homem probo e comissário das Europas, intocado pelo caso lilliputiano, é o homem que Dona Constança não se esquecerá de convidar para a sua festança.
Relevância para o país de tudo isto? Absolutamente nenhuma.
 

posted by FNV on 2:20 da manhã # (0) comments

FANTASPORTUGAL (II): Outra explicação plausível para certas eleições presidenciais poderá residir no facto do país desejar ver-se espelhado na presidência, na própria pessoa do PR.
Assim, tivemos um país de sisudos e desconfiados, de patilhas, com ar de magala. Seguiu-se um país de gajos porreiros, que não fazem nem muito nem bem, mas que são porreiros, amigos dos seus amigos. De então para cá, temos um país mais discreto, mais pseudo-sereno e anestesiado. Mas de individualistas, do cada um por si. Cada um mais esperto que o outro mas, se possível, sem dar nas vistas.
Chegados à actualidade, parece-me ser consensual que o país caiu na lama. Nada parece funcionar, pouco ou nada se faz para mudar, gasta-se mais do que se ganha, a lábia prevalece, a seriedade desaparece e a irresponsabilidade campeia.
Haverá candidato mais óbvio do que... sim; esse mesmo!
 

posted by Neptuno on 1:29 da manhã # (0) comments

CORREIO DOS LEITORES: Recebemos esta carta sobre a America's Cup, matéria que é consabidamente do nosso ramo. Vem assinada pelo Capitão Iglo. Deve ser um pseudónimo, até porque o Capitão Iglo original já morreu há um bom par de anos (devo confessar que, enquanto jovem voraz, seguia com alguma atenção a sua carreira nas artes da pesca e do espectáculo).

Neste Mar Salgado, ainda nada li sobre a Taca da América (America's Cup) e a candidatura de Portugal. Algumas notas soltas para reflexão aqui ficam.

Em primeiro lugar, nesta antiga e tradicional competição de vela, com 152 anos de vida, tecnologia, dinheiro, navegação e espírito empresarial andam de par em par. Pela primeira vez este ano, na história de toda a competicao, houve um veleiro “suiço” ( mais um paradoxo neste mundo cheio deles) com o nome de Alinghi, que trouxe a competição para solo Europeu, depois de ter ganho a última edição da prova, baseada dessa vez na Nova Zelândia – Auckland.
Pelas notórias limitações geográficas do país vencedor, concorrem à organização do próximo evento as seguintes cidades: Lisboa, Nápoles, Marselha e Murcia. A decisão será tomada em 26 de Novembro (daqui a 3 semanas). Esta decisão está nas maos da SNG – Societé Nautique de Genéve, clube náutico que Alinghi representou.
Um evento desta importância, traz por certo mais receitas ao feliz país que tiver a sorte de ganhar a sua organização. Na ultima edição, 1,6 billiões de dólares americanos (É mesmo muito dinheiro!) foi o valor da receita adicional gerada por este evento no PIB da Nova Zelândia. Acham que este valor não estará a tilintar nos olhos de Espanha, França e Itália?
É muito interessante este valor, pois pode ser obtido sem investimentos em infraestruturas como estádios de futebol ( não são precisos estádios para velejar em volta, temos mar suficiente....). Contudo, muito pouco se comenta sobre como vai a nossa candidatura.
Certo é que o segredo é a alma do negócio, e na candidatura do Euro 2004 até não nos demos mal com isso, mas aquilo que todos queremos é ter Portugal no mundo por estas coisas e não pelas outras.... como termos neste momento o PIB per capita mais baixo da UE - até a Grécia já nos passou!!!!!
Não acredito que não haja um plano de comunicação sobre o que esta candidatura significa para Portugal e que apenas sirva para justificar a mudança da Docapesca da doca em Pedrouços.

Do vosso prezado amigo
Capitao IGLO
 

posted by NMP on 1:28 da manhã # (0) comments

FANTASPORTUGAL: No que diz respeito à política, o nosso país tem o hábito, tão estranho como surrealista e sado-masoquista, de premiar a incompetência. Esta situação é comprovável através dos inúmeros casos de ministros que são corridos dos governos por incapacidade e que, logo de seguida, são nomeados administradores de empresas públicas, aumentando exponencialmente o seu ordenado. O mesmo se passa com os presidentes não militares: Mário Soares foi "premiado" com a presidência depois de ter sido um desastre como primeiro ministro e a eleição de Sampaio explica-se como um fenómeno de reconhecimento nacional por... nada.
O problema é que estas taras têm tendência a agudizar-se (o FNV ou o Freud - por esta ordem - explicam). Já não chega o mero premiar da invisibilidade. Já não dá aquele gozo por no poleiro um mero incompetente. Não. Há que involuir no sentido de premiar a negligência grosseira! E é neste contexto que aparece Guterres, com pergaminhos firmados no campo da gestão danosa seguida de fuga... A ver vamos.
 

posted by Neptuno on 12:59 da manhã # (0) comments

quarta-feira, novembro 5:

NÃO HÁ NADA P'RA NINGUÉM, cantava o Mário Mata, in illo tempore. Eu nisto das manifs dos estudantes, discordo do meu companheiro de rumo VLX: há malta que não só deveria ficar isenta de propinas como não deveria ir trabalhar para as obras. Tendo visto na TV as imagens de hoje, proponho os seguintes considerandos:

*O pessoal que de megafone de mão orienta a manada. Este pessoal tem muito mérito por vários motivos: grita que se farta, caminha às arrecuas, de frente para a manada, o que obriga a um dispêndio de calorias excessivo, pois que mobiliza os músculos antagonistas como o pequeno oblíquo, ( zona lateral do abdómen) ou o costureiro ( face lateral-posterior da coxa). Ainda por cima está sujeito ao stress dos condutieri, factor inegligenciável nos dias de anonimato que correm.

* o pessoal que segura as faixas de abertura das manifs: é pessoal muito focado pelos agentes do SIS, o que desde logo lhes deveria valer um subsídio de risco. Também lhes pode custar umas palmatoadas em casa, o que só abona em favor da sua coragem e abnegação ( se soubessem o que tal significa). O desgaste muscular deste pessoal, que percorre avenidas inteiras com os braços em supinação, a segurar as faixas, não é brincadeira: desgaste no grande palmar e no extensor comum dos dedos no que ao antebraço se refere, no coracobraquial e no vasto externo do tríceps, se falarmos dos braçinhos p.p. ditos.

Á atenção da Srª Ministra.
 

posted by FNV on 11:10 da tarde # (0) comments

PROPINAS IV: Vou ter de fazer um pequeno parêntesis no meu texto para responder ao caríssimo Adeodato Pinto, do Santa Ignorância, que pretendeu esclarecer-me sobre o assunto que eu tratava. Devo confessar, no entanto, que não compreendi muito bem tudo o que disse; há no seu texto um salto no raciocínio que eu não consegui acompanhar (estou velho... a agilidade já não é o que era, admitindo que alguma vez o tenha sido) e, por via disso, prefiro nem sequer cair na tentação fácil de larachar exigindo que se encham as Faculdades de cábulas.
Seja como for, compreendo bastante mal como é que um aluno que fica 7, 8 ou mais anos a tirar um curso, subsidiado pelo Estado (contribuintes) em - pelo menos - dois terços do seu custo real, sai mais barato aos contribuintes do que aquele que faz o mesmo curso em 5 anos. Isto, caro Adeodato Pinto, vai-lhe dar muito trabalho só para tentar explicar-me. E, se conseguir, sugiro que registe a patente pois muitos dos alunos gostariam de convencer os próprios pais de coisa semelhante.
Depois, sempre lhe digo: o facto do aluno que gasta 7, 8 ou mais anos a tirar o curso atrasar a sua entrada no mercado de trabalho em 2 ou 3 anos afecta também a produção da riqueza do país e atrasa o início do momento em que ele passará a contribuir, igualmente, com o seu suor, com os seus impostos para os estudantes que andam a estudar (ou em manif's). Este momento é importantíssimo na vida das pessoas pois é quando os antigos alunos se consciencializam mesmo de que andam a pagar impostos para alguns alunos passarem a vida em reivindicações, manifestações, queixas em vez de estudarem e passarem a trabalhar e a contribuir também.
As questões a que se seguidamente se refere, no seu texto, não se prendem exactamente com o que eu falava, mas sim com a gestão e não conheço suficientemente os números e a realidade actual da Faculdade de Direito de Coimbra para, de momento, opinar. Mas registo uma coisa: se um aluno de Direito (ensino público) vale entre 400 a 500 contos, o seu custo real não difere muito do do aluno do ensino privado, onde se paga sensivelmente a mesma coisa por ano. Se no ensino privado essa quantia chega e até possibilita a realização de um lucro (mesmo pagando-se mais a professores, tendo melhores instalações, com papel higiénico e tudo) e no ensino público essa quantia não é suficiente, isso é um outro problema que nos arrastaria para a discussão das deficiências da gestão pública face à gestão privada, coisa que, embora evidente, não podemos agora tratar.
Por fim, porque o texto já vai longo, reparo que Adeodato Pinto resolve acusar a minha ideia (defesa das prescrições) de ser desligada de qualquer noção da realidade das Universidades Portuguesas. Nessa concreta questão não me parece que tenha qualquer razão e fiquei até espantado com a crítica. Mas mais abaixo compreendi que era Adeodato Pinto quem estava desligado da noção da realidade das coisas (de muitas, não só das questões ligadas às Universidades), quando afirma que «as propinas são um preço que se paga por um serviço» (!!!).
Não são, meu caro; as propinas são um terço do preço real do serviço que lhe dão. Devia era, por isso, estar agradecido. Muito agradecido.
 

posted by VLX on 6:51 da tarde # (0) comments

AS NAÇÕES UNIDAS: Fazendo fé na notícia do Washington Post (hoje referida no editorial do Público), Tarek Aziz terá afirmado que Saddam recebeu garantias da Rússia e da França de que impediriam a guerra contra o Iraque. A ser verdade, retomo a pergunta já formulada em posts anteriores sobre a ONU: será exigível aos EUA ficarem reféns de organizações cujas deliberações estão dependentes de decisões de "parceiros" internacionais com este tipo de comportamento?
Temos o direito (e o dever) de concordar ou discordar dos EUA ou de criticar ou aplaudir a sua política externa, na perspectiva do que está certo ou errado. Mas já me parece extremamente hipócrita avaliar essa política à luz de um virtual direito internacional, em que as deliberações do Conselho de Segurança da ONU estão condicionadas por nações democráticas que fazem este tipo de negociatas com regimes como o de Bagdad.
 

posted by Neptuno on 12:36 da tarde # (0) comments

POIS NÃO...: Foi apenas um juízo apressado do Comandante. E aqui também se falava apenas da intimidade dos cegos, dos mudos e do Dr. Fernando Seara. O nosso FNV, nesta inusitada exposição da sua intimidade, só se esqueceu de dizer de onde vinha a música celestial que o embalava ao doce luar da Camargue: é que, nesse tempo idílico, ao qual não se retorna, não havia lápis azuis nem pesadelos vermelhos. Vermelhos de comunistas, claro está.
 

posted by PC on 2:56 da manhã # (0) comments

OLHE QUE NÃO... O nosso Comandante tem toda a razão quanto aos perigos do tema futebol. Mas devo dizer que o meu post Música Celestial apenas pretendia evitar o lápis azul, na medida em que é política do Mar Salgado não fazer confidências de carácter intímo, e eu tinha resvalado: mencionei uma noite ao luar, algures no Midi, o que prefigurava impudente lascívia.
Não existe pois qualquer ligação entre uma marselhesa e o futebol; ou se existiu, já não tem razão de ser.
 

posted by FNV on 1:22 da manhã # (0) comments

CARO ALBERTO: Pois eu nunca tomei o pequeno-almoço com o Rui Rio, mas concordo totalmente consigo.
 

posted by NMP on 12:51 da manhã # (0) comments

LÁPIS AZUL: Para explicar o que é o lápis azul a que se refere o FNV, trata-se de um pedido efectuado por mim à tripulação para evitar o tema futebol.
Para situar o estimado leitor, considere que numa embarcação a tripulação era constituida por dois portistas, dois sportinguistas e dois benfiquistas. Ainda que tenham a atenuante de todos torcerem (uns mais, outros menos) pela Briosa, esta combinação seria explosiva. A irracionalidade apoderar-se-ia desta nau, a clubite aguda e o escorbuto comentarístico teriam campo aberto e o espírito de colaboração e entreajuda esvaír-se-iam. Iríamos ao fundo num instante.
Mas há coisas mais fortes que os homens e a sua racionalidade. Só assim se explica a vontade do FNV em ser marselhês e a prolongada e detalhada exposição do nosso VLX (Notícias do High Life) sobre a notória (para ele) boa educação do senhor Pinto da Costa. Aguentaram algum tempo, é certo, e por tal são merecedores da nossa compreensão e até admiração. Pedir mais seria uma crueldade. Uma tortura.
Uma das conclusões que já tirámos nestes meses de experiência é que o futebol, para lá de ser um tema que apela à irracionalidade, é um tema imperialista. Uma pequena menção num post há uns tempos sobre a possibilidade de Dias da Cunha ter sido cooptado e não eleito valeu-nos uma chuva de e-mails e de opiniões. Dá-se-lhes troco e, passado um pouco, não se fala de mais nada.
Assim, antes que a epidemia alastre, faço um apelo aos tripulantes que evitem aportar a temas e lugares mal frequentados. Naturalmente que cada um sabe de si, mas temo que se entramos por essa via, teremos, mais dia menos dia, que pôr o barco de quarentena.
 

posted by NMP on 12:32 da manhã # (0) comments

BLOGOSFERA NEWS II: Tendo acreditado no nosso experiente Comandante, fui ver; e é mesmo verdade aquilo do blog da candidatura à Presidência da República! Parece até que já tem o «generoso e genuíno apoio» de João e Mário Soares. Agora só falta ver quando é que puxam o tapete ao homem...
 

posted by VLX on 12:09 da manhã # (0) comments

terça-feira, novembro 4:

NOTÍCIAS DO HIGH LIFE II: De resto - e quanto ao resto -, há que convir que a questão é muito menor do que nos querem fazer crer. Basta reduzi-la à nossa simplicidade. Entendamo-nos: para nossa casa convidamos quem queremos; aqueles que não são para nossa casa convidados não têm de se ofender com isso porque isso não pretende ser qualquer ofensa. Acontece em todos os lares portugueses: convida-se A, B e C mas não se convida D e E (este último porque não se dá com A); mas não se pode concluir deste facto que se queira ofender D e E nem estes têm razão para ficarem aborrecidos ou incomodados. As coisas são, por isso, muito mais simples do que aquilo que os aludidos comentadores querem fazer crer.
No caso concreto dos Deputados que foram a Sevilha, podemos pensar da mesma maneira: temos um grupo de amigos (políticos ou não) que tiram, que gastam um dia de trabalho para nos acompanharem num momento difícil e importante para nós. Parece estranho que os queiramos homenagear? Ou simplesmente mostrar agradecimento e amizade? Quem é que nunca fez isso aos amigos que faltaram ao trabalho para nos acompanharem num momento custoso da nossa vida? Um exame, uma intervenção médica, um nascimento?
Quanto a Rui Rio, a situação é naturalmente diferente. Mas pergunto: quantos de nós, num momento de alegria e de júbilo, em que quiséssemos estar contentes e rodeados de amigos, convidaríamos para nossa casa pessoas que nos tivessem declaradamente ofendido, gratuitamente maltratado, injustificadamente prejudicado e publicamente atacado? Sim, quantos de nós fariam isso? Quase nenhum.
E mesmo aqueles de nós que, generosos e de bom coração, admitam fazê-lo, nunca o poderiam concretizar. É que nós, ao contrário de muitos, não convidamos para nossa casa pessoas que vão manifestamente gerar confusões e muito provavelmente ser apupadas e vaiadas pelos restantes convidados. Isso não se faz. Isso não fazemos. Isso não faz o dirigente do FCP. E faz muito bem.
 

posted by VLX on 11:43 da tarde # (0) comments

PROPINAS III: Repito o que disse anteriormente: e passarmos a pagar apenas aos que o mereçam.
Sim, que eu não sou contra o ensino superior público, pago parcialmente pelos contribuintes. É fundamental para qualquer país. Pago de bom grado impostos para isso. E pago muitos. Admitindo academicamente que eu só trabalho 20 ou 22 dias por mês como o comum dos mortais (o que não é verdade), os primeiros 9 ou 10 dias de trabalho, praticamente as duas primeiras semanas do meu mês de trabalho são para pagar impostos. Só ao fim desse tempo é que começo a ter dinheiro meu para pagar as sopas lá de casa.
Considero até natural que assim tenha de ser, que eu contribua para que eu próprio, os meus e os outros tenham estradas, saúde, educação e outras coisas mais que o Estado nos proporciona através do dinheiro dos impostos que lhe entregamos todos os meses com o nosso trabalho.
O que não quero é que após esse meu esforço não se façam boas estradas, não se tratem os doentes ou não haja educação. Concretizando, e no caso que nos preocupa, não quero que o dinheiro suado que entrego mensalmente ao Estado através dos impostos sirva para que alguns auto-denominados estudantes do ensino superior público andem impunemente 7, 8 ou 9 anos a passearem-se pelas Faculdades, a divertirem-se nas manifestações e demais reivindicações ao invés de andarem a estudar que é para isso que eu lhes pago. Eu, os restantes contribuintes e os seus paizinhos (que pagam a parte mais pequena do curso, é certo, mas pagam!).
Ora, se isto me preocupa a mim, a verdade é que deveria preocupar ainda mais o bom estudante e o estudante, digamos, razoável. Isto deveria ser a maior preocupação dos estudantes que concluem os cursos nos anos devidos ou com um (vá lá, dois...) anos de atraso, como explicarei de seguida.
(cont.)
 

posted by VLX on 11:35 da tarde # (0) comments

BLOGOSFERA NEWS: No radar do Mar Slagado foram detactadas muitas embarcações de primeiro nível. Completando o paulatino regresso dos pais fundadores, João Pereira Coutinho lançou não apenas um blogue, mas um site inteiro (Diários), onde diariamente dá largas à sua elegante pena. Há por lá novos. Antigos. Saborosos. Escritos.
Inevitavelmente deparámos com o Incontornável, através do qual encontrámos o interessante Sangue das Palavras Puras.
No outro dia, reparei que, por manifesta incompetência, ainda não tinha linkado o excelente Janela para o Rio e o elegante Adufe, duas referências da blogosfera.
Detectámos dois novos blogues na àrea da diplomacia: o Agenda Diplomática e o Dicionário Diplomático. Junta-se ao Epiderme, um recente mas muito bom blogue de arquitectura, na coluna dos Especialistas.
Os Manos Metralha já aqui foram referenciados como um novo perigo à solta na blogosfera. Juntam-se a um Chapeleiro Louco e a Ernesto Cadaval na coluna da Boa Onda.
Por último surgiu um blogue de lançamento da candidatura de Guterres à Presidência da República (Guterres 2006) e o Bloguitica tem uma nova morada, mantendo a excelente qualidade.
 

posted by NMP on 11:22 da tarde # (0) comments

NOTÍCIAS DO HIGH LIFE: Em dois dias seguidos (Sábado e Domingo), dois reconhecidos jornalistas/comentadores (José António Lima e Ana Sá Lopes) de dois conhecidos jornais (Expresso e Público) entenderam por bem criticar ferozmente o Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa. Basicamente e em síntese, acusavam-no de arrogância, de ser provocador, ofensivo, de querer vergar o poder político ao do futebol ou ao seu poder pessoal e de incentivar o ódio. Caramba!... O homem é danado!
Fui ver o que justificava semelhante ataque. Parece que tudo se resumia a não ter convidado para a inauguração do novo Estádio do Dragão o Presidente da CM do Porto, Rui Rio - embora convidasse para «duplas e festivas cerimónias» os Deputados à AR que foram a Sevilha -, e a não convidar para o mesmo evento o Presidente da AR, João Bosco de Mota Amaral.
Só num país pequeno em que, para os jornalistas, tudo se resume ao poder político e ao (chamado) do futebol é que isto pode ser notícia e merecer comentários, quando na verdade o assunto não merece a menor relevância e não difere daquilo que nós, pobres mortais, fazemos diariamente: convidamos umas pessoas para nossa casa e não convidamos outras, sem que isso possa constituir qualquer ofensa para essas últimas. Trata-se de uma crise de socialite aguda e nem é verosímil que tenha afectado o injustamente visado, Mota Amaral.
Na verdade, não é crível que uma personalidade da categoria de João Bosco de Mota Amaral ande por aí a queixar-se por não ter sido convidado para a inauguração de um estádio de futebol, por muito importante e bonito que seja. Não consta sequer que goste de futebol ou que tenha sido convidado ou tenha estado presente na inauguração dos estádios de Coimbra, Guimarães, Alvalade ou até do Benfica. Porquê então, agora, se levanta esta questão?
Por outro lado, para quem critica constantemente (e nos próprios artigos atrás referidos) a ligação - inexplicavelmente (e ofensivamente) perigosa - entre futebol e política, percebe-se mal que se incomode pela falta de convite ao Presidente da AR. Trata-se da simples inauguração de um estádio, que diabo!, não obriga a regras protocolares rígidas ou a que se tenha de convidar as diferentes autoridades, o Presidente do Tribunal Constitucional, do Supremo, da Relação do Porto, o próprio Procurador-Geral, o líder da oposição, sei lá eu que mais! Era até ridículo!
O facto de alegadamente não ter sido convidado o Presidente da AR não é, por isso, nenhum caso, nenhum problema, não constitui nem pretende constituir qualquer ofensa e até o próprio Dr. João Bosco da Mota Amaral, pessoa que já demonstrou, ao longo da sua vida pública, estar muito acima deste tipo mesquinho de tricas e coscuvilhices, deve andar envergonhadíssimo com tudo isto.
(cont.)
 

posted by VLX on 10:57 da tarde # (0) comments

DESBOCADAS, estas senhoras do Partido Socialista. Fátima Felgueiras criou jurisprudência autárquica: foge-se primeiro, fala-se depois, pelo meio, a vingança by mail. Ana Gomes é mandada calar por toda a gente, mas só ouve o único que fala mais que ela, o inenarrável Sr. Alegre. Agora é Edite Estrela, à saída do tribunal: se fosse hoje, trabalhava menos e publicitava mais. E assim o povaço se educa nas vidas destas madames, e aprende, atento, os exemplos. Mas temo que o povo se desinteresse: as mãos na anca, a cabecinha de lado, e a língua afiada, já o povo conhece. É altura de revermos os currículos. E que tal pedirmos ajuda à Drª Ana Benavente?
 

posted by FNV on 8:48 da tarde # (0) comments

MÚSICA CELESTIAL: Vivi durante um ano no Midi, em terras da Langue d'Oc, língua da Occitânia. Hoje, não sei porque raio, estou com vontade de ouvir A Marselhesa. Imagino-a gritada a plenos pulmões, pelas 10 da noite, numa qualquer aldeia da Camargue, solo de toiros e salmonetes, pertinho de Marselha. Pode ser St. Maries-de-Mer, onde uma noite dormi ao luar?
(isto de fintar o lápis azul do Comandante é uma trabalheira que nem vos conto)
 

posted by FNV on 4:10 da tarde # (0) comments

CÃES DANADOS: Um belo dia, enquanto passeava na capital de um país da américa latina - onde proliferam a fome, a pobreza e a violência - cruzei-me com um comum cidadão que passeava o seu cachorro, com um jornal debaixo do braço. Quando o cachorro se preparou para efectuar as suas necessidades, logo aquele estendeu o jornal no local de impacto, recolhendo a "mercadoria" e despejando-a no contentor mais próximo.
Quando penso em Lisboa - embora imagine que seja uma situação comum a todas as cidades do país - e na javardice das suas ruas, com bosta de cão por todo o lado e quando penso no desdém que hoje em dia é dispensado ao tal país da américa latina, não posso deixar de pensar no triste, ilusório e lamentável novo riquismo que se apoderou destas gentes e, cujas principais vítimas terão sido o civismo, a urbanidade, o carácter e a boa educação.
Garanto que não tenho o país sob escuta mas parece-me que se impõe uma mudança. Mais ainda se pensarmos que a proverbial cuspidela para o chão ainda é lei.
 

posted by Neptuno on 12:59 da manhã # (0) comments

UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA: Agora que já há um cego a comentar jogos de futebol, na rádio de Pinhal Novo, é tempo de pôr um mudo no lugar de Fernando Seara, no Dia Seguinte, da SIC-Notícias.
 

posted by FNV on 12:36 da manhã # (0) comments

segunda-feira, novembro 3:

PROPINAS II: A resposta à questão anteriormente formulada não deve andar longe disto: como o aluno do ensino superior público paga de propina a módica quantia de (no máximo, repise-se) 14 contecos, pode dar-se ao luxo de passar a vida em conflitos ao invés de estudar.
Acontece que ele apenas paga pouco porque há muitos contribuintes que lhe pagam a diferença. Se, numa Faculdade de Direito pública, um aluno paga menos de 14 contos mensais quando, numa igual Faculdade privada paga 50, é porque nós, contribuintes, os patos desta história toda, pagamos mensalmente pelo menos 36 contos! E isso justificar-se-ia plenamente se o aluno em questão andasse sossegadinho e agradecido a estudar mas já não quando anda a perder o seu tempo em manifestações.
Depois, claro; como paga pouco de propinas, dá-se ao luxo de ter 6, 7 ou 8 matrículas sem que se veja o fim do curso; ou de andar de curso em curso, de História para Direito, de Direito para História, de Física para Química, num rodopio constante. Assim é evidente: quem passa na Universidade o dobro do tempo do que aquele que seria necessário para tirar um curso, naturalmente que no final paga um bom bocado mais em propinas (e alojamento, comida, roupa e discotecas). Mas o valor do que paga não se aproxima - sequer ao de leve – daquele que os restantes contribuintes têm de pagar para que o menino passe, todo contente, nessa vidinha, 8, 9 ou 10 anos.
Muito naturalmente, alguns alunos são também contra as prescrições. Compreende-se: a haver prescrições a sério eles não podiam gozar convenientemente “o tempo de estudante...”
O que, em boa verdade, deveria acontecer era que ao fim de dois anos (e estou a ser bonzinho) após o tempo necessário para tirar se o curso, o aluno que não o conseguisse (por razões que não se prendessem com doenças ou outras do género, excepcionais) deveria ter de pagar não só a propina máxima como o seu custo exacto e real na Faculdade em questão.
Não faz sentido que um aluno tenha direito a benefícios e regalias quando não cumpre aquele objectivo para o qual nós, contribuintes, pagamos os nossos impostos. E é inconcebível que um aluno que se preze não seja a favor das prescrições!
Queixam-se os alunos das propinas; e alguns andam anos em manifestações, atrasando os seus cursos e sobrecarregando os seus pais e os restantes contribuintes que não os conhecem, não querem conhecer, e ainda têm de os pagar, aturar e, muitas vezes, de chegar atrasados ao trabalho com que os pagam porque os rapazes resolveram cortar uma rua ou uma ponte, ou porque puseram cadeados não sei onde, qualquer coisa desse género. Onde está a justiça desta luta?
A justiça encontrar-se-á quando milhões de contribuintes vierem para rua, numa grande manifestação, exigindo as prescrições e gritando, bem alto: NÃO PAGAMOS! NÃO PAGAMOS MAIS!
E passarmos a pagar apenas aos que o mereçam.
(cont.)


 

posted by VLX on 11:41 da tarde # (0) comments

PROPINAS: Tudo indica que esta semana tenhamos de aturar - mais uma vez - diversas manifestações estudantis, o que começa a tornar-se incomodativo, repetitivo e, acima de tudo, chato. Para não falar em que estas movimentações de umas centenas (ou milhares que sejam) de estudantes atrapalham a vida a milhões de trabalhadores contribuintes que se esforçam, diariamente, nos seus mais variados ofícios, para sustentarem as suas próprias famílias e pagarem os famigerados impostos que vão possibilitar que os ditos alunos passem os dias no pagode, em excursões e lutas perfeitamente injustificadas.
Ninguém me convence que o problema não seja o do valor das propinas. Parece que, no presente momento, um aluno do ensino superior público (de Medicina, por exemplo) pagará, no máximo dos máximos, a quantia de 852 euros, o que quer dizer que mensalmente terá de pagar 71 euros, o que equivale a 14 contos. 14 contos!
Se tivessem de pagar o que é costume no ensino superior privado (e aqui recorro apenas a exemplos de cursos como os de Letras, Direito ou Economia) pagariam 40, 50 ou 60 contos mensais. Nessa altura, estou certo, os seus paizinhos não os deixariam mais andar a brincar às manif’s, colóquios, congressos e eu sei lá que mais e lhes diriam antes: “Ó pázinho: eu não ando aqui a pagar para tu andares a passear em manifestações e demais zaragatas. Vai mas é estudar e tirar o cursinho depressa ou então marchas para as obras!”
E, já que se fala no assunto, se muitos dos alunos (evito generalizações para não criar injustiças) passassem os dias em que estão em manifestações a trabalhar (como se vê nos países civilizados), teriam dinheiro suficiente para as propinas, sem sequer incomodar os seus pais ou sobrecarregar as suas bolsas.
Convém também sublinhar que as Universidades privadas não são, na proporção dos valores referidos, assim tão superiores às Universidades públicas. E, na maioria das vezes, os professores e os métodos não variam muito. Porque motivo, então, terão de andar os alunos do ensino público em permanente convulsão?
(cont.)
 

posted by VLX on 11:23 da tarde # (0) comments

A ORDEM: O fim do fim-de-semana com o demónio na cabeça e Sto. Agostinho nas mãos. Felizmente, no L. I, VII, 20, a Providência veio repor a Ordem: "... simul quia et istam disputationem nostram elimatius uolo prouenire; non enim grossis auribus eam debeo". Nem mais.
 

posted by PC on 10:17 da tarde # (0) comments

domingo, novembro 2:

SILÊNCIO: JPP, na SIC e a milionésima referência a Nabokov, quando se fala de pedofilia. Eu, como muitos colegas meus, de diferentes formações, nesta vida de ouvir a vida dos outros, tenho uma pequena colecção de casos de abuso sexual de menores, alguns muito menores e muito pouco nabokovianos. Simpatizo no entanto com o combate à estupidez, que parece já reinar, que pretende ver um pedófilo em cada um que se enrola com um menor. Talvez defeito profissional, estabeleço uma considerável diferença entre uma relação sexual envolvendo um rapaz ou uma rapariga de 16, 15 ou até 14 anos, e outras que envolvem crianças pequenas. Na minha colecção, curiosamente, é um outro tipo de menores que predomina: os deficientes, vulgarmente falando, que podem ser Sindromas de Down, psicoses deficitárias, sequelas de anoxias neo-natais, etc.
O tio ou vizinho que molesta e penetra sexualmente estes deficientes, por vezes cronológicamente adultos, na minha colecção, está sempre protegido. E não é por qualquer cabala ( termo estúpidamente desadequado) ou ineficácia policial: é pelo silêncio envergonhado da família. Ainda hoje não consigo, na sua modalidade heurística, aceitar as razões destes silêncios. Mas pelos vistos, são eficazes.
 

posted by FNV on 9:08 da tarde # (0) comments

INÚTIL, a cartilha do sexo seguro, hoje, na revista do DN. Entre outros mandamentos já habituais, um houve, que como um gato pára o meu perdigueiro citadino, me parou a mim: Confiarás apenas em ti.
A lógica é esmagadora: por detrás ( por dentro?) de um (a) belo (a) desconhecido, está um infectado manhoso. Terás assim de ser bravo, e exigir-lhe o preservativo ou mostrá-lo tu, como quem apresenta o cartão de sócio. Diz a cartilha misteriosamente assinada por CP/NM, que não há que temer a timidez, a baixa auto-estima ou o receio de perder o parceiro: se ele o rejeitar só por isso é porque definitivamente não vale a pena.
Aviso a navegação que dispenso as ladainhas das boas intenções. Trabalhei vários anos na prevenção da SIDA, para a CNLS, remunerado, e como voluntário, numa ONG. Ou seja, como muitos outros, aprendi e experimentei as dificuldades do discurso preventivo. Agora, este mandamento é um lixo inqualificável.
Promover a desconfiança, isolando qualquer relação amorosa como uma relação potencialmente perigosa é uma das razões pelas quais este tipo de propaganda não tem funcionado. Num outro mundo, (o de W. Reich?) em que copulássemos alegremente com os vizinhos, sem restrições à nossa satifação instintual, talvez. Neste não. A confiança não pode ser definitivamente reduzida a um pedaço de borracha.
Claro que existem contextos específicos, como os dos clientes de prostitutas e das próprias prostitutas. Existem outros contextos, nos quais a confiança é um pedaço de borracha. Mas passar a ideia que quem recusa um preservativo não vale a pena é tão absurdo que o alvo da mensagem instintivamente a recusa. E se recusa, não funciona.
Para além disso, este tipo de mensagem, fria e paranóica-litigante, dá argumentos aos saudosistas da outra moral sexual. Eu pela minha parte, apenas a recuso na sua eficácia. Não é disso que estamos a falar?
 

posted by FNV on 7:08 da tarde # (0) comments

MONOPÓLIOS MEDIÁTICOS: Uns incomodam, outros pelos vistos, não. É pena que o quase monopólio ( em breve total) da SPORTV em matéria de transmissões de futebol, não incomode o Miguel Sousa Tavares. E digo isto, porque nos últimos dois meses, pelo menos em Coimbra, é raro ver um jogo sem interferências e tremedoiros. Não existindo concorrência, não se tem alternativa. E o canal não tem uma palavra de justificação para com o cliente: incompetentes e mal-educados, portanto.
 

posted by FNV on 12:18 da tarde # (0) comments

TRISTE VILEZA: Uma vez mais, os números: este ano quase 1000 condutores EMBRIAGADOS provocaram acidentes MORTAIS. Manuel João Ramos entende que é necessário polícias menos compreensivos e juízes mais duros. Muito mais duros.
MJR, compagnon de route do Bloco de Esquerda, exige repressão. Agora sabe, MJR, que há comportamentos humanos que não podem ser descodificados à custa da desigualdade, do capitalismo, da diferença de oportunidades, e outras baboseiras. E confia agora na repressão e na autoridade.
A palavra acidente só aparece por acidente. A mortandade provocada por condutores alcoolizados é um incidente: existe uma causa, um nexo e um efeito esperado e evitável. Anos e anos de discurso preventivo e pedagógico resultaram em absolutamente nada, resta-nos a repressão. Nos últimos dois anos, de 14000 condutores que ultrapassaram o limite legal, 600 fizeram-no excessivamente, ou seja, ultrapassaram 1,2 g/l de sangue. Destes 600, só 46 cumpriram pena de prisão efectiva, o que muito indignou MJR.
O optimismo antropológico e a desculpabilização pseudo-sociológica vão por água abaixo, na posição assumida por MJR. Fica por saber em quantos outros comportamentos indecentes para a condição humana, esse mesmo optimismo e essa mesma desculpabilização ainda subsistem.
A repressão e o law enforcement arrepiam sempre os mesmos, que para desqualificar a sua utilização, por vezes particularmente necessária, misturam gente lúcida como MJR com os mais abjectos reaccionários. Como se defendê-la para o assunto em discussão, fosse o mesmo que pretender aplicá-la ao pessoal que deita lixo para o chão ou que usa cabelos compridos.
Compreende-se o incómodo. É penoso para certas almas aceitarem, que o homem, como dizia Freud ( o tardio, o reaccionário) não é aquele ser bonzinho que gostamos de imaginar. E se muitas vezes vale a pedagogia, outras terá de valer a repressão. Aplicar a lei, a quem embriagado, mata uma família que vinha em sentido contrário, é cumprir a lei. Ao contrário de MJR, não tenho a certeza, que ter aplicado penas de prisão efectiva aos restantes 554 condutores que conduziam com uma taxa superior a 1,2 ( crime ), resolveria o problema. Como securitário que sou, pelos vistos mole, preferiria multas muito mais elevadas ( no meu caso pessoal, nos meus tempos de juventude, seria o que teria desejado para mim, por isso sou agora inacapaz de querer ver presos todos os que excedem 1,2 g/l). Mas depois lá vinha a velha questão: os ricos poderiam continuar a conduzir alcoolizados, os pobres não. Assim, parece que só resta o remédio de MJR. Defender isto, fará de MJR, antropólogo de esquerda, um vergonhoso xerife texano?
 

posted by FNV on 10:56 da manhã # (0) comments

ERNESTO CADAVAL, UM ESCRITOR ESQUECIDO: Via Epicurtas, descubro um blogue com textos deste grande vulto da literatura objectivista portuguesa, autor de, entre outros, As rosas caem pela janela escancarada e Vida desgraçada de Prudêncio sem chama. A acrescentar à Boa Onda.
 

posted by PC on 3:12 da manhã # (0) comments

SALVE!: Parece que o Causidicus conseguiu ultrapassar os seus problemas informáticos e aí está, pujante, de volta. Ainda bem. Temos sentido a sua falta por aqui.
 

posted by PC on 2:22 da manhã # (0) comments

POR MIM, CONVERSA ACABADA: O Catalaxia usou os dois únicos "argumentos" que me fazem perder imediatamente o interesse em continuar uma discussão: a diferença de idades e a autoridade.
Quanto à minha "grosseria", ofereço o merecimento dos autos: os textos de cada um, lidos pela ordem em que foram escritos, falam por si.
 

posted by PC on 1:43 da manhã # (0) comments


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