CICLOTURISTAS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS !: O jornal Publico oferece-nos a lista dos membros do Fórum Social Português. A lista é deliciosa. Para lá dos suspeitos do costume, alguns nomes são surpreendentes: a ARE (Associação de Reencontro dos Emigrantes) - os emigrantes perdem ou lucram com a globalização ? Outros são em si todo um programa - Plataforma Transgénicos Fora do Prato. Outros ainda são ambíguos e deixam um homem indeciso, como o Não Te Prives (Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais) - o nome é apelativo e a intenção contida parece-me nobre, o diabo está nos detalhes (de que direitos é que estamos a falar ?).
O que me espantou totalmente foi verificar a presença entre esta elite da contestação global do Núcleo Cicloturista de Sesimbra e da Federação Portuguesa de Cicloturismo. Eu percebo a motivação da promoção de uma vida saudável em cima do selim. Da necessidade de diminuir o uso do carro. O que me escapa é a relação deste problema de educação ambiental com a globalização e em que medida é que os cicloturistas portuguesas são vítimas deste fenómeno. Ou será que estamos perante uma generosa iniciativa de defesa do direito à especificidade da nossa cultura, ameaçado pela pressão da globalização ? Um levantamento popular prepara-se para manifestar, pelos caminhos do nosso Portugal, o direito à existência e ao uso da tradicional «pasteleira». Contra a globalização imposta pelo grande capital mundial da bicicleta de montanha e da insidiosa BMX, esses McDonald's do cicloturismo.
Mar de opinioes, ideias e comentarios. Para marinheiros e estivadores, sereias e outras musas, tubaroes e demais peixe graudo, carapaus de corrida e todos os errantes navegantes.