ALGUMAS PALAVRAS (AFINAL): A maré arrasta-nos de novo para os tristes e terceiro-mundistas acontecimentos de Felgueiras, agora na perspectiva da vítima. Francisco Assis - personagem que respeitamos - foi não apenas vítima de umas "solhas" à moda de Matosinhos, perpetradas pelos amigos da Fátinha, como também foi vítima do descarado populismo, da demagogia fácil, do laxismo moral e da esperteza saloia que o seu partido, enquanto governo, fomentou entre as gentes deste país. Com exemplos como: orçamento aprovado com negócio de queijo à mistura; ministro que se junta a uma manifestação contra, à porta do respectivo ministério; subsídios à preguiça; criação de fundações manhosas para obviar ao mau funcionamento do ministério (nas palavras do próprio secretário de estado), etc... - e contando com o silêncio conveniente e conivente do presidente eleito pelo mesmo partido que, sorrateiramente, assistiu de poltrona à desmoralização do país no nobre e confessado (!) intuito de assegurar mais cinco aninhos de boa vida.
A mentalidade reinante de motim cujo lema se traduziria em algo como "condenável não é roubar mas sim ser apanhado" torna natural que uma multidão se manifeste em favor de uma foragida da justiça. Temo que o caminho de volta seja muito longo.
Diz-se que "quem semeia ventos colhe tempestades" e... esta ainda não amainou.
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